25 maio 2015

Depois termino esse texto.

Esses dias muita gente perguntou o porque deu ter mudado. Posso dizer que me afastei sim, que excluí algumas pessoas da minha vida e que por mais estranho que possa ter sido, eu me senti muito bem com isso. As vezes a gente não sabe o porque de tanta coisa na vida da gente, não sabe porque tanta coisa ruim acontece, tanta fofoca, tanta falsidade, tanta briga. Logo eu, que sempre quis paz, descanso e sossego na minha vida, não entendia o motivo de tantos furacões.
E aí vem a vida e esfrega na sua cara, toda a verdade. Graças a Deus por um lado. Mas por outro. Eu quase me desestruturei. Passei dias deitada naquele sofá sem entender o porque de tanta filhaputagem das pessoas, aliás, da pessoa que me rodeava. Eu convivia, confiava, abria mão da minha felicidade pra ver ela feliz. É isso que é amizade né? Bom, foi isso que eu sempre escutei e botava em prática. E o engraçado era que eu via reciprocidade, apesar da minha mãe sempre alertar sobre ela. 

[Pausa dramática:
Sempre estava lá com ela, quase todos os dias, tirava só o domingo porque minha religião não permite saídas no domingo e apesar dela ser meio "mística" ela respeitava. E até tentava entender algumas coisas. Quase sempre almoçávamos juntas, e eu estava lá, contando meus segredos, dividindo minhas dores e ela tava lá me ajudando, me fazendo ficar melhor. Rindo das vezes em que eu me desequilibrava, sim, eu sou meio atrapalhada. E ela sabia disso. Sabia também que por detrás do "mulherão" que todo mundo acha fodona ou inatingível, existia uma menina frágil, que chora por quase tudo e que só não demonstra isso na frente de ninguém. Lembro do dia que tirei minha "armadura" na frente dela e ela ficou assutada sem saber o que fazer. E logo depois soube direitinho como agir. Eu não entendo ainda como tudo aquilo era falsidade. Como ela conseguiu se manter dessa forma por tantos anos. E pior de tudo, todos os dias. Dividindo alegrias, tristezas, dores, segredos. Sim, muitos segredos, porque não era só eu que contava os meus, ela também contava os dela. E a gente planejava morar juntas.
Fim da pausa dramática.]

Descobri tanta coisa, meu melhor amigo de infância, se tornou um idiota, principalmente depois que ficou noivo. Minha melhor amiga... bom, nunca conheci ninguém mais filha da puta. Desculpem os palavrões, mas é que não sei definir esse tipo de gente com um simples adjetivo.
Como um cara que eu confiava, pode mudar tanto depois que conheceu uma garota, que simplesmente por ter ciúme das suas duas amigas, afastou a ponto de não chamar nem pro noivado, ou pro chá de casa nova. Aliás, minto. Pro chá de casa nova chamou, porque queria ganhar presente. E depois de tudo ainda vem com uma conversa que jogou "pérolas aos porcos". Pera. Tu deixa de falar comigo e mais um monte de blá blá blá e ainda me chama de porca e se acha uma pérola? Ah, que merda de pérola, eu te chamaria de bijuteria, daquela que são vendidas no shopping por 40,00 e que no centro a gente acha de 3,00 , sabe como é?
Não, não fiquei sozinha. Tenho amigos guardados dentro da caixinha, que mesmo não falando todos os dias, eu sei que posso contar sempre. 

Depois termino esse texto. 

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